Passei a vida em teletrabalho, muito antes desta forma de trabalhar se espalhar com a pandemia. Já sabemos que em outros países já era um costume muito comum, por exemplo, na América do Norte. Mas na Espanha sempre gostamos do “presencialismo”. Ou então eles dizem. Em todo o caso, as coisas mudaram abruptamente nos últimos anos, prova disso é a minha mulher que passou a ter algumas boas opções de teletrabalho impensáveis antes de 2020.
Aliás, já há alguns meses que consegue teletrabalho dois dias por semana, o que significa, na prática, que a nossa casa é agora um “escritório” com dois funcionários. E embora seu trabalho pareça mais complexo do que o meu, por enquanto ela ficou com a pior mesa, a da sala. Mas ele diz que é melhor lá porque tem mais luz. Mas é que o trabalho dele é bem diferente do meu, tendo que falar muito ao telefone.
Por exemplo, ultimamente tem estado a trabalhar arduamente num projeto de perfuração horizontal Braga e tem de falar com várias entidades e empresas ligadas ao projeto. Embora às vezes eu pergunte a ela em que consistem os projetos nos quais ela trabalha, ela tenta me explicar, mas não entendo muito bem.
Aparentemente, a perfuração horizontal permite a instalação de determinadas infraestruturas, como cabos ou tubagens. Mas ao contrário da perfuração vertical, esta é muito mais «limpa» evitando grandes alterações no ambiente, o que é uma vantagem tanto em áreas urbanas como em ambientes naturais protegidos. Mas, logicamente, também tem suas dificuldades, senão sempre seria usado.
No caso do projeto de perfuração horizontal de Braga, encontram-se atualmente na fase inicial, desenhando a ação e contactando todos os agentes envolvidos. E isso implica ligações e mais ligações para ter tudo pronto. Enquanto isso, enquanto ela faz perfurações horizontais, eu digito e digito sem precisar falar com ninguém. É evidente que são duas formas de teletrabalho muito diferentes, embora ambas sejam perfeitamente eficientes.