Braga, aquela cidade encantadora pela qual me apaixonei, também me faz girar como um pião de cada vez que tento estacionar. E não sou o único. Encontrar um lugar livre aqui, especialmente no centro, tornou-se uma espécie de desporto de alto risco.
O meu dia começa com um ritual: uma caça ao tesouro, mas em vez de ouro, procuro asfalto vazio. Aprendi, com a experiência, que determinados horários são território proibido. As manhãs de trabalho e as tardes de compras são um campo de batalha onde só os mais astutos (ou os mais sortudos) encontram o seu lugar.
Já tentei de tudo. Primeiro, aventurei-me pelas ruas estreitas do centro histórico. Um erro de principiante. Embora o encanto dos edifícios antigos seja inegável, estacionar ali é como tentar encaixar um elefante num Fiat 500. Depois, fui para as zonas residenciais. Pensei que seria mais fácil, mas descobri que os vizinhos têm radar para detetar intrusos e não hesitam em ocupar cada canto disponível.
As aplicações de estacionamento em Braga tornaram-se meus aliados. Confesso que estava cético no início, mas salvaram-me mais do que uma vez. Claro, precisa de ser rápido. As vagas voam e, se perder uma, alguém fica com o seu prémio.
O estacionamento subterrâneo é o meu refúgio em dias de chuva ou quando estou atrasado. Sei que tenho de pagar, mas a tranquilidade de saber que tenho um lugar garantido não tem preço. Além disso, muitos estão estrategicamente localizados perto dos principais pontos de interesse.
Ultimamente, comecei a explorar áreas de estacionamento nos arredores. No início, estava com preguiça, mas descobri que os transportes públicos em Braga funcionam muito bem. Saio do carro e, num ápice, estou no centro, sem stress nem preocupações.
Aprendi que a paciência é fundamental. Andar em círculos é inútil; só aumenta a frustração. É melhor ter um plano B e não hesitar em utilizar os transportes públicos. E, acima de tudo, sair com muito tempo de sobra. Nunca se sabe quando se vai enfrentar um engarrafamento ou precisar de fazer várias curvas extra.
Braga continua a ser a minha cidade preferida, mesmo com os seus problemas de estacionamento. E, quem sabe, um dia me tornarei especialista e escreverei um guia para outros condutores desesperados.